Acolhida

Acolhida

        Os servos do GOU devem estar sempre atentos para a Acolhida das pessoas que freqüentam os grupos para que elas se sintam amadas e importantes para a comunidade assim como são para Deus. O ambiente precisa ser preparado com antecedência, com as cadeiras organizadas de acordo com a realidade daquele espaço. É importante também deixar sempre a vista, na porta da sala ou da capela onde acontecerá o GOU, a bandeira do ministério ou mesmo um cartaz que indique que ali se realiza o grupo. Caso seja uma sala de aula, pode-se utilizar do quadro para escrever frases de acolhida, alguma mensagem relacionada ao tema do GOU daquele dia e até mesmo alguns avisos importantes da comunidade para que as pessoas que estão chegando já possam ir se   inteirando. Cabe aos servos também já deixarem à mão tudo o que irão precisar durante o grupo de oração como bíblia e violão. Toda essa preparação do ambiente faz parte da Acolhida, pois mostram o cuidado e o carinho com os participantes e, também, possibilita que os servos tenham tempo de recepcioná-los, pois já prepararam tudo com antecedência, criando vínculos que ajudarão muito na permanência daquela pessoa no GOU. Lá ela se sente importante e querida, além de contribuir para aquela pessoa se colocar de forma mais aberta à ação do Espírito Santo durante o grupo.

        É na acolhida que o “gelo” do coração das pessoas começa a ser quebrado. Com uma boa acolhida, a pessoa é capaz de mudar seu estado de espírito e encontrar-se em melhores condições de ouvir a Deus. Para nós, a importância desse momento fica clara na visita de Maria a sua prima Isabel: “ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu em seu seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo”. Pode ser um momento de cura, não é só a pregação ou a oração que fazem a graça acontecer, mas a reunião como um todo e isso inclui a acolhida. Ela pode acontecer em dois momentos distintos:

1ª acolhida ou pré reunião: É a recepção na porta ou no corredor. Trata-se de um momento de extrema importância e, para este serviço, deve-se buscar pessoas que caminham com constância no GOU e que já estão abertas ao serviço. Elas devem possuir o carisma necessário para este tipo de função. Os servos da acolhida devem ser discernidos, escolhidos em oração e devem ser pessoas com auto-estima e que sejam enviadas pelo núcleo/coordenador para este serviço. Eles assumirão o papel de um ministério em nossos Grupos de Oração e assim devem ser tratados. É importante que as pessoas designadas para a acolhida cheguem mais cedo. Devem reunir-se antes, clamar a unção especial, o fruto da alegria para saudar e acolher o povo que chega: Senhor, enche meu coração de alegria para amar e receber essas pessoas com serenidade e amor, sem escândalos e exageros. O objetivo é fazer com que as pessoas quebrem a dureza/frieza do coração; desarmá-las de suas resistências, racionalismos, mau humor, cansaço, raiva ou quaisquer outros sentimentos. Com uma boa acolhida, a pessoa é capaz de mudar seu estado de espírito e encontrar-se em melhores condições de ouvir a Palavra de Deus.

        A dimensão da acolhida em nossos grupos de oração deve ser gerar amor e aconchego naqueles que chegam atribulados com  rovas, tarefas, correria. Pode e é momento de profunda cura e conversão para muitos corações machucados pela falta de amor, portanto, a obra de Deus começa a acontecer na vida dos que comparecem ao grupo no momento da acolhida.

2ª acolhida: já incluída no contexto da reunião de oração. Esse momento é o início da reunião. É a primeira abordagem daqueles que irão conduzir a reunião de oração com o povo. A acolhida, nesse momento, é função do coordenador ou, preferencialmente, deste. Pode, no entanto, ficar a cargo de outros componentes do núcleo, conforme o carisma de cada um. Ela deve ser regada com muito carinho e ternura. O tom de voz é muito importante, não pode ser agressivo, nem tímido e inseguro. Deve ser o  momento de preparar o povo e aconchegá-lo para receber o alimento que é Cristo com palavras acolhedoras, simples e que  intetizam o objetivo daquela semana, situando as pessoas.

        É como Jesus ensina aos discípulos no episódio da multiplicação dos pães: ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se na relva verde21. A relva verde é grama macia, lugar agradável de ficar, que causa conforto e bem-estar. Assim o fez Jesus, para que pudesse alimentar toda aquela multidão. Assim devemos fazer, para que o alimento possa ser dado aos nossos irmãos. É neste momento que somos convocados a tirar o povo daquela realidade de tormentos, preocupações, chateações, tribulações e colocá-los “sentados na relva”, trazendo cada um para a presença do Senhor que quer alimentá-los. Dentro desse contexto, a acolhida deve ser breve, rápida, sem discurso, e sem fazer uma “primeira pregação”. É uma recepção/saudação, cheia do Espírito Santo: Sejam todos bem-vindos! É uma grande alegria tê-los aqui conosco; É com muita alegria que nos reunimos aqui nesta tarde. Deus tem algo importante a nos falar a respeito de nossa vivência espiritual. Tudo feito dentro da moção dada pelo Espírito Santo. A acolhida deve ser feita pontualmente no horário em que o grupo começa, independente do número de participantes. Essa atenção ao horário é também muito importante, pois demonstra nosso zelo para com a obra de Deus.

        Essa acolhida inicial é o momento em que começa e aponta o tema da reunião, regado com muito afeto e carinho. As pessoas já sentem o amor de Deus nas palavras do coordenador. Após a acolhida, começamos com o Sinal da Cruz, nosso gesto de cristãos. Não é uma reunião qualquer, mas o povo de Deus reunido. Precisamos identificar-nos como tal, assumir nossa identidade de  católicos e o Sinal da Cruz é uma manifestação viva de nossa identidade.

        Depois, pedir e clamar a presença do Espírito Santo para que Ele cumpra o objetivo da reunião na vida dos que estão presentes. Clamar o Espírito Santo para que nos dê um coração de louvor, dócil à graça de Deus, um coração sensível à presença do Senhor em nosso meio. Assim, nosso coração se torna terra fértil para receber a Palavra e sedento para louvar o Autor da vida.

Acolhida dos novatos: Em alguns casos, quando for possível, por ser o tempo da reunião um pouco maior, ao iniciar a oração, enquanto os antigos cantam músicas animadas e se preparam para o início do GOU, os que estão indo pela primeira vez ao grupo podem ser acolhidos de uma maneira especial, por uma pessoa previamente escolhida. Essa pessoa deve sair um instante com os novatos, para um breve esclarecimento: O que é o grupo de oração? Qual o seu objetivo? Como funciona a reunião de oração? O que é RCC? Neste momento em que os novatos estão recebendo orientação, reza-se com os demais. Isso será realizado em nossas reuniões, na medida do possível, pois sabemos que na maioria dos casos temos vinte minutos para a reunião, tornando-se inviável a acolhida em separado para os novatos.

        É muito importante também que os servos da acolhida se preocupem em manter um cadastro atualizado dos participantes do grupo, para que a acolhida possa ser também realizada fora da reunião de oração, por exemplo com um cartão pelo aniversário, um telefonema lembrando que o GOU sentiu falta da pessoa na ultima reunião, momentos de lazer com a turma do GOU, etc.

 

FONTE: Material de Formação - Ministério Universidades Renovadas

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