Porque rezar pelas almas do Purgatório?

Porque rezar  pelas almas do Purgatório?

 

 

O purgatório é um lugar de sofrimentos em que as almas se purificam, solvendo suas dívidas, antes de serem admitidas no céu, onde só entrará quem for puro. Sua existência se baseia no testemunho da Sagrada Escritura e da Tradição. Vários Concílios o definiram como dogma; Santos Padres e Doutores da Igreja o atestam a uma voz. Há uma prisão da qual não se sairá senão quando tiver pago o último centavo. (Mal. 18).

A Igreja, querendo que não nos esqueçamos das almas, consagrou um dia inteiro todos os anos à oração pelos finados. Determinou que em todas as missas houvesse uma recomendação e um momento especial pelos mortos. Ela aprova, sustenta e estimula a caridade pelos falecidos.

Como são esquecidos os mortos! Exclamava Santo Agostinho! E no entanto acrescenta S. Francisco de Sales, em vida eles nos amavam tanto. Nos funerais: lágrimas, soluços, flores. Depois, um túmulo e o esquecimento. Morreu... acabou-se!

Se cremos na vida eterna, cremos no purgatório. E se cremos no purgatório, oremos pelos mortos. O purgatório é terrível e bem longo para algumas almas, por isso devemos rezar muito pelas almas, socorrendo as almas, praticando a caridade em toda sua extensão. A devoção as almas do purgatório diz São Francisco de Sales encerra todas as obras de misericórdia, cuja prática, elevada ao sobrenatural nos há de merecer o céu.

A Santa Missa é o sacrifício de expiação por excelência. É a renovação do calvário, que salvou o gênero humano. A cada Missa, diz São Jerônimo, saem muitas almas do purgatório. Depois da Missa...

A Comunhão. A Eucaristia é um Sacramento de descanso e paz para os defuntos, diz Santo Ambrósio. E o mesmo afirmam São Cirilo e São João Crisóstomo. Procuremos fazer boas comunhões lembrando-nos que quanto melhor as fizermos tanto mais aliviaremos os mortos. O Papa Paulo V estimulou a prática das comunhões pelas almas padecentes. 

É uma mina de ouro que está a nossa disposição. Nossas orações são um meio de ajudar a salvar almas do purgatório.

São João Damasceno diz que há muito testemunho encontrado na vida dos Santos que provou claramente as vantagens da oração que se fazem pelos defuntos. Nossos sofrimentos junto a prece tem uma eficácia extraordinária para obter de Deus todas as graças. Aliviemos as almas do purgatório, com tudo que nos mortifica. A Via Sacra é uma prática das mais ricas de piedade. O Rosário é a rainha das devoções indulgenciadas.

Santa Gertrudes afirmava que uma palavra dita do fundo do coração e animada de sólida devoção tem mais eficácia que grande número de orações, feitas com pouco fervor.

Mais uma forma de ajudar as almas é dar esmola ao pobre em sufrágio das almas benditas. As lágrimas que vossas esmolas enxugarem, o alívio que tiverdes dado aos que padecem fome, sede e frio, serão o alívio no purgatório para as almas sofredoras. É uma dupla caridade, socorrer os pobres por amor das almas. É dar duas vezes. Socorre os vivos e os mortos.

 

A ÁGUA BENTA - E seu uso em favos das Almas do Purgatório

Usada com fé e confiança, a água benta tem grande valor para o corpo e alma, assim como constitui recurso eficiente em favor das almas do Purgatório.

Cada vez que o Sacerdote benze a água, ele o faz em nome da Igreja e na qualidade de seu representante, cujas orações nosso Divino Salvador sempre aceita com benevolência.

Por conseguinte, quando se toma água benta e com algumas gotas asperge a si ou um objeto, presente ou ausente, é como se de novo subissem ao Céu as orações da Igreja, para atrair as bênçãos divinas sobre o corpo e a alma, assim como sobre os objetos aspergidos com a água benta. É também a água benta uma poderosa arma para se dissipar os maus espíritos. São muitos os exemplos demonstrativos do temor e horror que Satanás e os demônios têm pela água benta.

Como, porém, se explica que também se possa aplicar a água benta em favor de pessoas distantes e até às almas do Purgatório?

Cada vez que se oferece, mesmo à distância, água benta, na intenção de um ente querido, sobe aos Céus a oração da Igreja anexa à mesma e induz o Coração Sacratíssimo de JESUS a tomar sob sua proteção no corpo e na alma esses teus entes queridos.

O mesmo acontece quando usamos a água benta em favor das almas do Purgatório.

Quanto alívio podemos nós concedermos a uma alma sofredora, por meio de uma gotinha de água benta!

O Venerável Padre Domingos de Jesus, segundo o costume da Ordem Carmelitana, tinha uma caveira sobre a mesa de sua cela. Certo dia, ao ter aspergido essa caveira com água benta, a mesma começou a bradar em alta voz suplicando: mais água benta! porque ela alivia o ardor das chamas horrivelmente dolorosas.

E com efeito, uma gotinha de água benta tem muitas ve­zes maior eficácia do que uma longa oração porque nossa oração muitas vezes é feita com descuido e distraidamente. Diferente é a oração da Igreja intercedendo, por meio da água benta. Oração que agrada sempre a Nosso Senhor JESUS CRISTO, em qualquer lugar onde lhe for apresentada em nome da Santa Igreja.

Por isso, as almas do Purgatório tanto anseiam pelo uso da água benta e se pudéssemos ouvir as suas súplicas por uma gotinha de água benta, certamente nos aplicaríamos mais assiduamente em seu uso, ao menos de manhã e à noite e algumas vezes durante o dia.

Quantas vezes por dia entras e sais do quarto! Não te será difícil deixar cair nessas ocasiões uma gotinha de água benta no Purgatório.

Que alegria causarias com isso às almas do Purgatório e que mérito colherias por meio da prática desse ato de caridade para ti mesmo e os teus; pois as benditas almas não se mostram ingratas. No mesmo momento em que as favorecemos, levantam suas mãos ao céu e rezam com tal fervor por seus benfeitores como não poderão fazer as pessoas mais justas do mundo. E DEUS ouve-lhes com predileção a oração e envia suas graças abundantes sobre os benfeitores delas.

Há católicos que não saem de casa sem, antes, aspergirem três gotinhas de água benta; uma para si e seus entes queridos, a fim de que Nosso Senhor os proteja de todos os perigos no corpo e na alma; uma outra para os moribundos, especialmente para os pecadores moribundos, a fim de que DEUS, na última hora, ainda lhes conceda a graça da conversão; e uma terceira em favor das almas benditas. Quanto é meritório tal modo de proceder. Imitemo-los!

 

Fonte: https://www.derradeirasgracas.com

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