Pregação

Pregação

 

Postado em 15/02/2012
 
É um momento essencial em nossas reuniões de oração. Não pode faltar a proclamação da Palavra. É como nos ensina o Apóstolo Paulo: porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar?  E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?  Logo a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da Palavra de Cristo.
 
É tão especial quanto o momento de oração que o antecede e tanto quanto a oração de louvor feita em comunidade. É o momento em que Deus mesmo se revela aos que estão na reunião. Devemos ter em vista que a pregação é para todos, inclusive para o núcleo e os servos. Estes não podem prescindir da escuta da Palavra. Após o louvor, temos o ensinamento que deve ter como objetivos: levar os participantes do grupo de oração a uma experiência de Deus por meio da palavra, além de conceder aos participantes uma instrução de fé, vida ou doutrina, dependendo da inspiração de Deus e da necessidade do povo. Os ensinamentos, em um grupo de oração, para que sejam eficazes, devem: 
1- ser preparados com antecedência conforme discernimento do núcleo;
2- ser animados por testemunhos pessoais;
3- ser baseados na Sagrada Escritura, evitando-se tendências fundamentalistas;
4- estar incluídos na moção do Espírito Santo, com base na Sagrada Escritura. 
 
A pregação no grupo é uma fonte de sustentação. É um alimento semanal que dá estabilidade e proporciona ajuda na caminhada espiritual dos membros do grupo. O ensinamento é parte da mensagem que o Senhor dá, naquele dia, para aquelas pessoas presentes ao grupo. São Paulo ensinava que a pregação é o instrumento natural que Deus escolheu para que a pregação chegasse aos demais. Deus sempre vai usar homens e meios naturais para salvar os homens. Nas Bodas de Caná, acabou o vinho, então Jesus ordenou encher as talhas de água. Não quis que aparecesse o vinho, mas que a água derramada nas talhas se transformasse em vinho. Nossa pregação é como a água. O Senhor faz o milagre de converter essa água em vinho de uma nova vida.
 
E aqui cabe a exortação da Escola Paulo Apóstolo em que o Grupo de Oração é lugar de conversão, de encontro pessoal com o Senhor. É lugar de se realizar o primeiro anúncio, ou o QUERIGMA. “O primeiro passo é CRISTIANIZAR para depois CATOLIZAR. É preciso nascer de novo”. “Muitas vezes queremos catequizar antes de anunciar o querigma, antes de apresentar Jesus como Salvador dos homens. Preocupamo-nos em ensinar a sã doutrina e não em promover uma experiência do Amor de Deus”.
  
“O QUERIGMA é exatamente isto: apresentar Jesus Cristo vivo, morto, ressuscitado e glorificado para termos uma experiência de vida nova, graças à fé e à conversão. Experimentar Jesus vivo como Salvador, Senhor, Messias, que dá o Espírito Santo”. “A base de todo cristianismo é Jesus Cristo, portanto é necessário um encontro pessoal de fé e conversão para tê-lo como fundamento de nossa fé. Sem este ponto de partida, tudo que se edifique (catequese, moral,...) será construído sobre a areia.
 
O QUERIGMA é o cimento da construção, por isso a catequese não supre nem antecede o primeiro anúncio que é, antes de tudo, vida”. O Grupo de Oração não é lugar para se promoverem debates sobre as verdades da fé ou sobre a doutrina da Igreja. Isso pode ser promovido, porém em outro momento que não a reunião semanal.  Esta é destinada ao primeiro anúncio, à apresentação de Jesus Cristo como Deus, Senhor e Mestre; morto pelos nossos pecados, ressuscitado para sempre e presente no meio de nós, amando-nos e  cumulando-nos da graça do Espírito Santo.
 
O momento do anúncio da Palavra é quando “lançamos a rede”. É momento de resgate daqueles que “caíram de pára-quedas no Grupo de Oração”.  A pregação deve ser poderosa, cheia de vida e graça de Deus, pois muitos dos que estão presentes naquele dia estão dando a última oportunidade a Deus, ou estão de passagem, em virtude de um seminário ou congresso e, possivelmente, tão cedo não participarão de outra Reunião de Oração Carismática.  A rede precisa ser lançada sob o cardume e precisa retornar com muitos peixes.
 
Este anúncio se dá normalmente por uma palavra bíblica escolhida previamente, ou por uma palavra inspirada, uma palavra profética. Falaremos primeiro da leitura bíblica escolhida. Como é esta escolha?  Em que momento é feita? O que deve ser anunciado na reunião?  Que Palavra será usada?  Qual o tema da Palavra que vai ser anunciada? São perguntas que só o Senhor poderá responder Invoca-me e te responderei, revelando-te grandes coisas misteriosas que ainda ignoras. 
 
Existem diversos meios que nos dão subsídios para buscar esses temas ou as Palavras que iremos anunciar em nossas reuniões. Primeiramente devemos entender que somos Igreja Católica. E, como tal, temos a liturgia, que é riquíssima e nos fornece excelentes reflexões sobre o ministério de Jesus Cristo. Podemos, então, acompanhar as leituras do calendário litúrgico. É, inclusive, uma forma de caminharmos em unidade com a Igreja. A Equipe Arquidiocesana da RCC também pode orientar os temas.
O núcleo pode ainda usar uma série de temas querigmáticos para serem desenvolvidos nas reuniões de oração.  Isso é muito bom, pois faz com que todo o Grupo caminhe em comum e não fique apenas com anúncios isolados e sem continuidade.  Pode-se planejar, por exemplo, dez temas em seqüência e trabalhá-los semana a semana, proporcionando à comunidade um aperfeiçoar-se, um crescimento espiritual mais acentuado.  Como subsídio para esse tipo de trabalho recomendamos os livros:
a) Ide e Evangelizai os Batizados e Como Evangelizar os Batizados, José H. Prado Flores, coleção Kerigma, Ed. Loyola;
b) Batismo no Espírito Santo, Ofensiva Nacional da RCC, Vol. II, Ed. Santuário;
c) Caminho da Santidade; Reinflama o Carisma de Deus que está em Ti e O Espírito Sopra onde quer, Pe. Jonas Abib, Ed. Loyola;
d) Grupos de Oração, Como Fazer a Graça Acontecer, Pe. José Alírio Pedrini, Ed. Loyola;
e) A Vida em Cristo, Pe. Raniero Catalamessa, Ed. Loyola. Este último, inclusive, fornece alguns “seminários” que podem ser adaptados à nossa realidade e utilizados largamente.
 
O anúncio pode ser feito sobre um “Remha”, ou seja, uma Palavra revelada, suscitada por Deus na reunião de núcleo. Remha é a moção de Deus para aquela reunião. É a direção de Deus para o Grupo naquele dia.  Normalmente acontece, quando o núcleo está reunido, preparando a reunião comunitária. Devemos ficar atentos para essa moção, pois é muito salutar deixar que o Senhor tome as rédeas do Grupo de Oração. 
 
Outro meio de se realizar o anúncio é através da Palavra inspirada, ou da Palavra profética. É a moção dada por Deus no desenrolar da reunião de oração.  É o momento em que o núcleo, que havia planejado a reunião, aceita a moção do Espírito e passa a conduzi-la segundo esse novo impulso. Normalmente isso se dá por intermédio de uma profecia, confirmada pelo núcleo; uma Palavra bíblica tirada sob a ação do Espírito, no momento da reunião comunitária; uma oração ou profecia em línguas seguida de interpretação, igualmente confirmada pelo núcleo. Entretanto, o núcleo precisa pedir o discernimento ao Espírito Santo e confirmar. Caso contrário, deve-se conduzir com o que tinha sido preparado na reunião do núcleo.  É preciso ter cautela, sabedoria e discernimento sem, contudo, podar a ação do Espírito. 
 
O momento da pregação deve terminar com uma oração. Não cabe neste momento músicas agitada, preciso ser um momento de maior maturidade do grupo na intimidade com Deus. A oração após a pregação tem por objetivo fixar nos corações a mensagem anunciada e motivar mudanças na vida da assembléia. Sendo assim, pode ser um momento mais reflexivo ou uma oração de clamor do Espírito Santo como aquele que auxilia na transformação dos corações, ou mesmo de outras formas, conforme o Espírito Santo inspirar. 
 
FONTE: Material de Formação - Universidades Renovadas
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